sábado, 29 de setembro de 2012

A lingerie de cada signo

Os astrólogos estão sempre buscando formas de aplicar a sabedoria da astrologia à vida cotidiana. Pois acontece que seu signo pode também revelar seus verdadeiros desejos por lingerie!


                                            


Áries:
Muito objetiva e sem vergonha de ser feliz, a mulher ariana aposta no look completo: corpete, meia calça e cinta-liga, de preferência nas cores mais fortes: preto, vermelho, roxo.

Touro:
A mulher taurina prefere unir sensualidade e elegância. Um corpete branco ou rosé, com detalhes de renda, a deixa completamente poderosa!

Gêmeos:
Para a mulher geminiana, uma lingerie perfeita tem que deixar em evidência todas as suas curvas. Uma calcinha bem pequena, na cor amarela, já é o suficiente!

Câncer:
Sempre muito romântica, a mulher canceriana não perde sua meiguice nem na hora da sedução. Um conjunto rosa claro e com detalhes bem femininos é a sua cara!

Leão:
A leonina é apaixonada por lingerie. Na hora da sedução, ela opta por peças de renda com detalhes em pedras douradas. Uma camisola transparente faz a sua cabeça.

Virgem:
A virginiana é sensual como poucas. Um body com detalhes elegantes como a renda francesa é capaz de se transformar em uma arma em seu corpo.

Libra:
Sabe aqueles conjuntos com cores bem alegres, como roxo, rosa e bordô? São os preferidos da libriana. Só não pode faltar um bom salto-alto, para ela se sentir poderosa.

Escorpião:
A mulher escorpiana é conhecida por não ter limites na hora de mostrar sua sensualidade. Um conjunto vermelho bem pequeno com um salto altíssimo é a sua cara!

Sagitário:
A mulher sagitariana gosta de se divertir até na escolha da lingerie. Uma estampa de oncinha, por exemplo, faz bem o seu tipo!

Capricórnio:
Optando sempre por peças mais discretas, a mulher capricorniana se sente à vontade em uma lingerie sensual e lúdica, como as peças de bolinhas, estilo vintage.

Aquário:
A mulher aquariana adora inovar e, por isso, prefere as lingeries mais ousadas, diferentes, com bastante detalhes.

Peixes:
Sempre sonhadora, a mulher pisciana opta por peças que remetam a cenas de filmes, como uma bela camisola branca, transparente, ou um conjunto discreto e sensual.


Fonte: http://www.zastros.com.br

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Essa é a minha história - auto sabotagem


Durante grande parte da minha vida adulta, eu me envolvi com pessoas que não gostava. Ainda que um tanto quanto contraditório, namorar tais pessoas sempre me deu a sensação de segurança, uma vez que, quando as relações terminavam, eu não me sentia abandonada. Estou certa de que este hábito auto-destrutivo tem muito a ver com os repetitivos molestamentos que sofri na infância, por um membro da minha família, ou talvez os estupros na adolescência. Independente dos motivos, assim foi a minha vida por muito tempo: uma repetição de atos auto-destrutivos, que me mantinham num estado constante de dormência sentimental.

Cerca de um ano e meio atrás eu conheci um homem através de um anúncio online e começamos a desenvolver uma relaçao platônica. Ambos havíamos saído recentemente de relacionamentos longos, e ambos havíamos experimentado a dor da traição. Nos tornamos melhores amigos instantaneamente e, porque passamos a nos falar diariamente, quase o dia todo, deixando, inclusive, nossos trabalhos de lado, começamos a nos conhecer muito bem.


Lembro-me de fazer minha cama todos os dias (algo que raramente fazia), suavizando cada vinco dos lençóis com uma perfeição à la Martha Stewart. Com ele na minha vida, tudo era bonito, e até mesmo objetos inanimados pareciam conter vida e beleza. Eu andava cada dia sentindo o calor do sol, mesmo quando ele estava longe de ser encontrado. Tudo: as paredes, a grama, as árvores, as folhas, absolutamente tudo tinha vida. O mais importante, depois de anos de não sentir nada, eu senti vida.




Conforme o tempo passou, nós nos apaixonamos, no mais puro sentido. Uma noite ele chegou lopo após eu ter colocado meus filhos para dormir e, pela primeira vez na minha vida, eu senti o que é se entregar completamente a alguém. Pela primeira vez na minha vida, eu soube o que era fazer amor. Ainda que tivesse um vocabulário impressionante ou se fosse uma grande romancista, não acredito que teria a capacidade de expressar em palavras a experiência magnífica que tive. Não foi apenas uma renovação da minha fé nas pessoas. Foi conhecer a mim mesma e poder dividir com alguém essa pessoa que permaneceu escondida por tanto tempo. Apesar de eu ter quatro filhos, eu digo com um grau de certeza, esta foi a primeira vez que havia experimentado o amor..

Meses depois, ele foi embora. Foi repentino. Foi inesperado. Toda a minha vida desmoronou. Lembro-me de deitar no chão, meu rosto contra as placas frias do piso de madeira, pedindo a Deus para fazer a dor parar. Não importava o que eu fizesse, não importa o que eu dissesse, ele nunca mais voltou.

Algumas semanas depois eu o vi com outra mulher e me perguntei se o amor que eu sentia era apenas uma via de mão única. Embora ele nunca tivesse voltado para mim, eu prometi a mim mesma quebrar velhos hábitos e não me envolver mais com pessoas que eu não gostasse. Prometi a mim mesma não permitir mais nenhum outro homem dentro de mim antes de estar preparada a deixá-lo ir, a me desapegar.. No entanto, quebrei inúmeras vezes essa promessa de lá pra cá.


Suponho que todos passamos por momentos de solidão e gostamos de nos sentir amados e queridos. A diferença é que agora sei o que eu sou capaz de fazer. Eu ainda penso nele frequentemente. Lembro-me de como era amar alguém tão completamente. Lembro-me de como eu me sentia e, apesar do final infeliz que essa relação teve para mim, eu ainda acredito no amor.


Por: Rayn 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

PROMOÇÃO EU USO MONDE PRIVÉ

Atenção meninas!!!

Participe dessa incrível Promoção e descubra como ficar linda e sexy o dia inteiro, sem abrir mão do conforto. 


CURTA nossa Fan Page , COMPARTILHE a imagem da promoção e concorra a uma lingerie maravilhosa. 


Quero participar
!



Regulamento



Que Promoção é essa "Eu uso Monde Privé"?

A Monde Privé irá sortear, no dia 30 de setembro de 2012, uma linda lingerie (conjunto de calcinha e sutiã, espartilho ou body), em sua Fan Page www.facebook.com/mondeprive.




E como eu faço para participar?


Basta curtir e compartilhar o link da promoção. Se você já curte a Monde Privé, basta compartilhar a imagem da promoção.




Posso clicar somente em “Compartilhar” para participar?


Só se você já curte a fan page da Monde Privé. Caso contrário, é necessário curtir a página e compartilhar a imagem da promoção para participar do sorteio.




Posso “Compartilhar” a partir de um compartilhamento no mural de um amigo?


Não, só é válido o compartilhamento através do mural da fanpage da Monde Privé.




Eu ganhei! Quando recebo minha lingerie?


Você será informado via Facebook, caso seu nome seja sorteado.

Após este contato, você deverá enviar um email para a Monde Privé (comercial@usemondeprive.com.br), com seu nome completo, endereço com CEP e telefone com DDD. Assim que recebermos seus dados, enviaremos sua lingerie, via PAC, para o endereço fornecido.



Qual o prazo que eu tenho para solicitar meu prêmio?


Fique bem atenta, pois o prazo para solicitar sua lingerie é de até 3 dias corridos, à partir da divulgação do nome vencedor. Após este período, o prêmio será sorteado novamente.



Observações finais:



- As entregas só serão feitas em território Brasileiro.

- Essa promoção é de inteira responsabilidade da Monde Privé. O Facebook não patrocinada, apoiada, administrada ou tem qualquer associação com a mesma.
- Todas as informações do cliente para a Monde Privé não serão divulgadas nem compartilhadas com terceiros, salvo o nome (nome de usuário do Facebook) do ganhador, que será divulgado na fan page da Monde Privé.
- Ao participar da Promoção, o participante declara estar ciente e concordar com as regras e regulamentos aqui descritos.

http://sorteie.me/facebook/compartilhar.php?id=94193

Homem não presta!

A visão masculina sobre a clássica frase feminina


"Eu estava na fila de uma sorveteria e ouvi a seguinte frase: Não existe homem que presta.


Ouço essa frase tantas vezes quanto os padres rezam o pai-nosso.

Amor é sempre à quatro mãos...

Quando você ouve alguém falar “não existe emprego que presta” é provável que pense “que estranho essa pessoa falar isso, lógico que tem emprego que preste, e se a empresa não é boa é só ir experimentar outra melhor, se ela fala que todas empresas não prestam talvez ela seja má funcionária”.

Na hora de falar de amor ninguém usa a mesma dedução lógica.

A maior parte das mulheres se esquece que toda relação é feita de duas pessoas e, portanto, é sustentada por um jogo de forças sutis, de ambos lados.

Se a mulher fala que não existe homem que presta eu posso pensar em algumas hipóteses.

1- Ela tem procurado no lugar errado.

2- Ela tem tentado pouco e a amostragem total não representa

3- Ela tem agido de um jeito que espanta qualquer homem

4- Ela tem agido bem, mas ainda não encontrou uma pessoa compatível com os seus propósitos

5- Ela adora generalizar e tomar um por todos e todos por um

6- Ela está falando especificamente de um cara que a rejeitou ou a traiu e estendeu esse raciocínio para não assumir sua parte na história

7- Ela se reúne com as amigas solteiras como ela para falar “dos caras da balada”

Em momento nenhum ela se põe na jogada para entender que NADA do que acontece na vida dela está completamente desligado daquilo que ela é.

Relacionamentos são rendas feitas à quatro mãos. Quando algo não presta não foi de um lado só.

Já vi muitos casos, MUITOS, de garotas que se envolveram com homens que “não prestavam” e ao terminar relacionamentos com elas se engajaram em um relacionamento sério, noivaram e casaram.

O que ela tem a dizer sobre aquilo?

Nada, porque não há nada para dizer. A não ser que ela não foi suficientemente interessante para ele levar as coisas à sério.

Existem muitas mulheres que não oferecem nada enquanto experiência pessoal, mas estão o tempo todo se queixando dos homens. Porque eles deveriam ficar ao lado delas fiéis à uma companhia que no final das contas vai sair batendo pé, esbravejando e dizendo que “homens não prestam”.

Eu não ficaria ao lado de uma mulher desconfiada, raivosa, ressentida com os exs e cheia de mimimi. Quero ganhar tempo na vida, não acho que a maior parte dos homens seja diferente.

É mais fácil sair gritando aos quatro ventos que homem não presta, afinal é de senso comum afirmar isso e ter apoio unânime. Bater na moralidade masculina virou esporte predileto de mulher ressentida.

Os homens que prestam as vezes estão sozinhos, não são necessariamente os mais bonitos, simpáticos, ricos ou bem sucedidos como os que “não prestam”, mas estão batalhando o seu lugar ao sol. São aqueles que estão ao seu lado apoiando suas decisões, incentivando seus projetos, mas que você não vê muito sex appeal.

Esses são embriões de bons maridos, cabe a você cultivar.

Quando uma mulher insiste numa história cheia de altos e baixos, destratos, abandonos, desaparecimentos súbidos eu só posso chegar num diagnóstico, ela também não “presta”. Ela não presta para se valorizar, seguir em frente, cortar relações com o galã maluco e partir para a outra.

O tipo de mulher que adora afirmar que homem não presta é aquela que está dando tiro para todos os lados e não quer garimpar com cuidado, ela se acha super séria e pronta para casar, mas está mais sequelada que soldado voltando da guerra.

A mulher com chance de encontrar homem que presta é aquela que cultiva uma vida boa, bons hábitos, tem uma rede de amigos que não reforçam filosofia de botequim e não são amarguradas e cheias de regras sem sentido. Muitas são devoradoras de homens e nem perceberam.

Confesso que quando olhei para atrás na fila para ver quem era a garota que lançou a frase inicial me deu um certo constrangimento. Sua fisionomia revelava uma mulher bonita, mas amargurada e cheia de preconceitos, provavelmente tão maluca quanto os caras que dispensaram ela na balada.

Será que alguém não presta ou é a a qualidade da interação?

Para mulher de verdade, curiosamente, sempre tem homem que presta."


Posted by blogsobreavida on Set 5, 2012 in Relacionamentos | 3 comments

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Essa é a minha história: um mundo de conto de fadas


"Crescendo como mim mesma foi uma experiência fantástica, mas mais no sentido da palavra "fantasia". Li todos os livros sobre contos de fadas que a seção dos Jovens da Biblioteca Pública de Freeport tinha para oferecer, sempre com fome de quaisquer novos livros com capas brilhantes, recheados de fadas e duendes que eles pudessem adquirir. Eu era a estrela-mor de toda história, com meus vestidos feitos de papel cor de rosa ou equipada com minhas roupas aventuras ao redor do país à pé, sabendo que encontraria o caminho verdadeiro ao meu destino, mesmo que ele estivesse sob o feitiço de alguma bruxa ou novos personagens igualmente obscuros. Eu tinha a escolha entre me aventurar por estradas desconhecidas ou receber beijos nas mãos de cavalheiros charmosos. Eu tinha unicórnios e sereias como conselheiros e estava sempre protegida do monstro que habitava embaixo da minha cama, com feitiços de magos e a oração ocasional, profunda e ardente de minha fada madrinha. Eu tinha que acreditar em sua existência.

Depois de esgotar meu gênero favorito no departamento de crianças, cresci desanimada. Me vi, pela primeira vez em minha vida jovem, em um beco sem saída. Então era só isso? Foi só isso que a vida tinha a oferecer? Eu pensei sobre o "andar de cima" da biblioteca pública - a seção adulta. Terrivelmente assustador. O que estava lá em cima? Eu só tinha estado lá algumas vezes e, em todas elas, havia sido intimidada por suas enormes pilhas de livros e por suas janelas ainda mais altas, voltando rapidamente ao meu refúgio no porão da biblioteca, a sessão infantil, com seu teto baixo e murais coloridos. Eu sabia que meus livros favoritos eram subterfúgios, mesmo só entendendo o significado dessa palavra 20 anos depois, mais ou menos. Eu sabia que o que eu gostava de ler eram fugas para mim, e eu os amava por isso.

Eu sabia que algum dia iria receber um cartão de biblioteca para adultos, mas o que isso significa? Eu teria que usar um certo tipo de calças para estar apta a usufruir desse cartão e de todos os seus benefícios e responsabilidades? Será que o meu cinto teria que combinar com meus sapatos? Será que eu, de repente, precisaria usar óculos e apertar os olhos ao ler, fazendo muitos sons de 'hmm'?

Eu gostava da idéia de ser um adulto, mas não se isso significasse desistir de meus contos de fadas e todo o seu esplendor e possibilidades. Eu gostava da sensação vaga e tangencial de tomar os primeiros passos para a vida adulta, mas só se eu pudesse trazer comigo minha coleção de vestidos de baile e deixar meu unicórnio de plantão do lado de fora.

No andar de cima, eu imaginava, ansiosa, livros com capas de couro rachados, densos, com ilustrações copiadas a mão e histórias muito, muito importantes que me ensinariam sobre a vida e como usar salto e fazer reverência em um vestido de baile, porque essas coisas pareciam ser importantes para as mulheres adultas e eu não fazia idéia do porquê. Se a seção adulta ainda tivesse contos de fadas, (e deus sabe que quão arrogantes eles são), imaginava que fossem histórias sobre de onde os contadores vieram ou análises de por que as crianças desperdiçavam tanto tempo lendo contos de fadas.

Reexaminado a seção de Jovens leitores, minhas incursões na sessão de mistério e Judy Blume, só confirmaram o que eu queria, que era poder escolher minhas próprias aventuras e dragões. A biblioteca era o meu brinquedo, meu monstro. À partir de então, fiquei cada vez mais inquieta.



imagem de Jeannette Woitzik.

Como último recurso, verifiquei e reli alguns dos meus favoritos, acariciando suas capas, olhando para minhas ilustrações favoritas e tentando imaginar que aquela era a primeira vez que eu estava lendo aquele livro em particular, tentando, desesperadamente, reviver aquela emoção de um mundo diferente do meu, de uma vida diferente da minha! Comecei a fazer meus próprios desenhos, mas percebi que não tinha recursos para tal, além de minha caixinha de giz de cera. Escrevi alguns de meus próprios contos de fadas, mas não me satisfazia aquele maço de papel de caderno frente à glória e majestade de um item vinculado e publicado. Parei de ler inteiramente por um tempo, por puro desespero e ansiedade, mas rapidamente percebi quanto tempo eu teria que passar com minha irmã mais nova se não tivesse o meu nariz enterrado em um livro. Este assim chamado mundo real, definitivamente não correspondia às minhas expectativas.

Finalmente, um dia, depois de passar um dia inteiro enclausurada em silêncio dentre os cantos arredondados do meu próprio círculo, na Biblioteca, criei coragem e perguntei à minha bibliotecária favorita se havia mais livros de contos de fadas na parte de cima. Eu tinha nove anos.

Sendo ela uma mulher inteligente e observadora, que já me conhecia de todos os programas de leitura de férias de verão que eu tinha entrado, iniciou comigo um diálogo tranquilo e sério sobre mitologia grega e romana. Eu, como nunca havia ouvido falar naquilo antes, fiquei bastante cética. Para mim, os adultos não eram seres confiáveis.

Eu me lembro dela me acompanhando duas ou três vezes para o andar de Cima - com C maiúsculo. O andar de Cima era atordoante e não convidativo. Adolescentes empenhados em me cumprimentar de formas estranhas e homens carecas de óculos lendo catálogos e se sentindo pouco a vontade com a minha presença. Minha Bibliotecária Guardiã me mostrou a seção de que havia me falado a respeito, pegou alguns exemplares, e me deixou a vontade para lê-los Eu tinha certeza de que algum outro adulto apareceria a qualquer instante, contestando o que eu estaria fazendo na sessão de livros adultos, talvez me agarrando pelo ombro e jogando de volta para o andar de baixo. Para evitar que isso acontecesse, eu agia como se já tivesse lido todos aqueles livros e os conhecesse muito bem; como se estivesse ali apenas dando uma voltinha.

Não me recordo com qual mitologia iniciei, e tenho certeza que essa informação acrescentaria à minha história, mas lembro das roupas - deslumbrantes! Um lençol de cama velho era o necessário para se transformar em uma divindade de carne e osso ou, ainda, a tragédia de um mortal cuja agonia foi tamanha a ponto de nomear uma cidade inteira! Os adultos estavam lendo isso? Toda a minha existência estava prestes a se tornar válida. Este material estava me deixando excitada, quando comecei a vislumbrar que não se tratavam apenas de histórias incríveis, mas civilizações inteiras as haviam utilizado como referência durante milhares de anos. Onde eu estive pelos últimos nove anos?! Certamente não estava lutando com serpentes com cabeças de cobra ou me encontrava presa em um labirinto com uma criatura metade vaca me perseguindo - INCRÍVEL! Eu mergulhei de cabeça nesse mundo mitológico, devorando tudo o que encontrasse pela frente e que não tivesse relação nenhuma com a escola - a professora indicou Homero e dele eu fugi.

Meus pais tinham que verificar os livros que eu lia, que não faziam parte do conteúdo dos Jovens leitores durante um longo período. Quando se cansaram disso, eles assinaram algum pedaço de papel especial que me deixava conferir tudo o que eu quisesse no andar de Cima e eu fui, então, presenteada com um cartão de biblioteca adulto. Eu era livre agora.

Eu ainda passei algum tempo no meio dos livros da sessão de Jovens leitores, mas as coisas nunca mais foram as mesmas depois que eu tive livre acesso ao andar de Cima. Pulsando silenciosamente no meu bolso de trás, como uma jóia roubada de um dragão durante seu sono, estava meu cartão da biblioteca. Me senti inspirada a grandes coisas apenas por saber que estava ali. Tendo lido todos os contos de fadas, eu estava apenas começando a perceber o quão sério um cartão de biblioteca era e é e todas as coisas que pode significar para uma série de pessoas diferentes. Meu cartão do andar de Cima realmente havia me dado poderes e quando subi as escadas com ele, com pequenas asas nos meus tornozelos, eu tinha certeza de que tudo era possível."


Escrito por: April Gutierrez Manning
   
Imagem: Jeannette Woitzik.