sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O que você acha de passar uma tarde animadíssima com as amigas?

Amanhã tem Bazar de Natal, meninas!!!!

Venham se divertir com a gente, num ambiente muito sexy e feminino. 

Lingeries maravilhosas, fotografias sensuais, produtos importados, acessórios, sexy shop...tudo para fazer a nossa alegria!


É amanhã, na Rua Dona Mariana, nº 205 casa 3 - Botafogo
Rio de Janeiro

Nos vemos lá!


quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

A importância da cor de sua lingerie



Como vivemos numa sociedade que comemora intensamente a virada de ano na festa de Reveillon, e como a tradição diz que a cor das roupas que usamos na virada do ano-novo influenciam as energias para o ano que chega, é importante estarmos por dentro do significado das cores das nossas roupas para festejarmos o Reveillon da melhor forma e atrairmos bons fluidos para o ano-novo e, certamente, isso inclui nossas lingeries.


 Leia o que cada cor de lingerie pode te ajudar a conquistar no ano novo:





A lingerie branca revela pureza, sinceridade e verdade; repele energias negativas e eleva as vibrações espirituais. Equilibra a aura e facilita o contato com os guias espirituais, promovendo o equilíbrio interior, a sensação de proteção. Também pode ser usado como coringa, para todos os propósitos, associando-se com eficiência com qualquer cor.






A lingerie preta transmite introspecção, favorece a auto-análise e significa também dignidade. Uma cor com valor de uma certa sofisticação e luxo. É também a cor do poder, da sobriedade, da hombridade, transmitindo a sensação de sofisticação e elegância.







A lingerie vermelha é a mais quente, ativa e estimulante. Fortalece o corpo e dá mais energia física, impulso sexual (vermelho cereja), força de vontade, conquista, liderança e senso de auto-estima. Ativa e estimula, significa elegância, paixão, conquista, requinte e liderança.






A lingerie verde é calmante, harmoniza e equilibra. Representa as energias da natureza, da vida, esperança e perseverança. Traz paz, segurança, esperança em abundância e confiança.









A lingerie dourada simboliza vibração elevada, vigor, inteligência superior e nobreza. É a cor da opulência, da luz e da prosperidade. Traz charme e constrói confiança, dá poder, persuasão, energia e inteligência










A lingerie castanho representa a constância, a disciplina, a uniformidade e a observação das regras. Conecta a pessoa à natureza e à terra. Sugere segurança e solidez.











A lingerie rosa significa romance, sensualidade e beleza feminina e se relaciona também com o símbolo do coração. Expressa empatia e o companheirismo. Transmite fragilidade e delicadeza, sugerindo feminilidade e afeição.




A lingerie cinza pode simbolizar estabilidade, sucesso e qualidade e também oferece equilíbrio e flexibilidade, justamente por ser o equilíbrio entre o preto e o branco.



        

A lingerie lilás representa o mistério, expressa sensação de individualidade e de personalidade, associada à intuição e ao contato com o todo. Simboliza respeito, dignidade, devoção, piedade, sinceridade, espiritualidade, purificação e transformação.






A lingerie roxa, assim como a preta, remete a nobreza e poder. Assim como o lilás, representa o mistério, expressa sensação de individualidade e de personalidade, associada à intuição e ao contato com o todo espiritual.





A lingerie azul produz tranqüilidade, ternura, afetuosidade, paz de espírito e segurança. Reduz o stress e a ansiedade, promovendo a saúde emocional. Favorece as atividades intelectuais e a meditação. Simboliza devoção, fé, aspirações elevadas, sinceridade, confiança e tranqüilidade. 







Agora, se você não sabe exatamente o que quer em 2013 ou, simplesmente, quer um pouco de cada coisa, abuse das lingeries estampadas!








Visite nosso site e garanta sua lingerie!


FELIZ 2013!

sábado, 1 de dezembro de 2012

Lingeries para as festas de final de ano


Lingeries brancas e vermelhas são as favoritas entre as mulheres para as festas de final de ano.

Você já pensou no que vai usar?



 A escolha da lingerie é fundamental para complementar o seu look - seja ele qual for - e garantir que seus desejos mais íntimos sejam realizados.




De hoje até segunda-feira, dia 3 de dezembro, todas as lingeries brancas, vermelhas e rosinhas estarão em promoção, através do site: www.elo7.com.br/mondeprive





Corra e garanta a sua!

domingo, 11 de novembro de 2012

O processo do amadurecimento

É curioso essa coisa do crescer, do amadurecer.

Eu mesma acho que comecei a amadurecer depois dos 28 anos de idade, mesmo tendo sido mãe aos 20. E percebi esse processo porque, como quase todas as coisas na minha vida, não foi uma transformação suave, lenta, mas sim uma coisa do dia pra noite.

As coisas que fazemos sem nem perceber são inúmeras! Repetimos as ações que foram feitas conosco e padronizamos comportamentos até mesmo quando temos repulsa deles. É necessário muita vontade de se conhecer, se olhar no espelho e, eventualmente, se enxergar como uma total farsa, para renascer das cinzas como uma Fênix linda, novinha em folha, versão melhorada.

Uma das coisas mais difíceis que o espelho me disse (e esse espelho foi bem vindo após a decisão de fazer terapia) foi que havia alguma coisa errada na minha maneira de me relacionar com os homens. Bem, acredito que tudo tenha começado há anos atrás, ainda criança.

Minha memória mais forte da primeira infância é a seguinte: eu, de joelhos no banco traseiro de um carro, olhando pela janela grande e com listras finas e pretas de trás, dando tchau para o meu pai, que ficava cada vez menor, em pé no portão da minha casa. Não sei se foi realmente muito dolorosa essa sensação ou se eu a fantasiei ao longo dos anos, mas creio que me senti raptada. Roubada por aquela pessoa estranha que dirigia o carro, tendo minha mãe como cúmplice, ao lado dele.


Depois disso, nunca mais consegui ver meu pai com a frequência que eu gostaria. Lembro de esperá-lo, toda arrumada, e ele não aparecer. Lembro de uma carta que ele me deu no meu aniversário de 8 anos, que eu chorei muito ao ler. Aquelas letras no papel me diziam que ele me amava muito, e algumas outras coisas sobre a vida que eu não compreendi. 

Os anos foram passando e eu fui me agarrando ao pouco que tinha do meu pai. Eu o observava muito: o jeito de andar, de falar pouco e só dizer as coisas certas. Ele sempre acertava tudo. Era tão inteligente!Era tão agradável estar com ele!

Aos 10 anos de idade eu já era uma moça completa, fisicamente. Já havia ficado menstruada e tinha o corpo escultural. Foi nessa época que eu tive a oportunidade de passar 1 mês inteiro na casa nova do meu pai. Era na praia. Parecia uma casa de filme, ou de revista de design e arquitetura. Durante esse verão, coisas diferentes aconteceram: brincando com a filha do caseiro da casa ao lado, eu, ela, mais 3 crianças, fomos interrompidos em nossa brincadeira pelo tio da menina, que pareceu muito legal e divertido e sugeriu que brincássemos de pique esconde. Por sugestão dele também, todos se esconderiam e ele contaria até 20. Quando estava saindo para me esconder também, ele me pediu que o ajudasse a contar, ser seu braço direito. Fiquei com a cabeça contra a parede e comecei a contar, alegre em ajudar. De repente senti a mão dele no meu seio direito, por debaixo da minha blusa. Me prendendo contra a parece, ele sussurrou no meu ouvido que eu não contasse para ninguém, que apenas relaxasse porque era bom. Na primeira oportunidade que tive, no entanto, me abaixei e passei por entre as pernas dele e corri para casa. Tudo foi muito rápido. 

Antes de tocar a campainha, respirei fundo e tentei diminuir as batidas do meu coração, porque não queria que ninguém soubesse o que havia acabado de acontecer comigo. Toquei a campainha, meu pai abriu o portão, me perguntando, de cara, o que havia acontecido. Eu disse que estava cansada, que havia corrido muito e que precisava beber água, só isso. Ele me segurou pelo braço e exigiu que eu contasse para ele o que havia acontecido, com uma expressão muito diferente no rosto. Eu contei, chorando. Acho que o choro foi mais pela voz dura e brava do meu pai, do que qualquer outra coisa. Ele soltou os meus braços, entrou em casa, saiu com a arma nas costas em direção a casa da vizinha, e bateu o portão. Eu nunca tive coragem de perguntar o que houve. Nós nunca falamos a respeito do acontecido.

Dois dias depois, ele me chamou no jardim da casa, muito extenso, que dava para a areia de uma praia particular, deserta. Me explicou que era importante eu saber me defender, porque ele não estaria sempre por perto, e que eu nunca deveria confiar em ninguém de cara. Me mostrou uma arma calibre 38, pesada e assustadora e me mostrou como usá-la. Me explicou como mirar, me ensinou a respeito da minha respiração e me mandou que a experimentasse.

Depois desse verão, eu mudei. Eu sabia de coisas que as outras meninas não sabiam, e isso me dava um poder enorme. O fato de não poder contar para ninguém, me fazia sentir muito especial, como parte de uma liga extraordinária e secreta.

Nos meus 17 anos, minha mãe passou por uma separação dolorosa. Ele conheceu outra pessoa, mas negou até o fim, tentando fazer com que minha mãe parecesse maluca, imaginando coisas. Essa experiência colaborou muito para a construção da minha visão sobre os homens. 

Eu cresci com uma idéia muito peculiar sobre o ser masculino. Achava que eles eram fracos e mentirosos, e me acostumei a usá-los. Eu os observava, aprendia sobre seus gostos através de seus gestos e expressões, e os fazia se apaixonarem por mim. Nada disso era premeditado. Era instintivo. 

Escolhi pais para meus filhos que eram verdadeiros fracassos, somente para auto afirmar que os homens são  ruins. Esse processo de auto sabotagem eu só percebi durante meu casamento, já com 30 anos de idade.
Após descobrir essas coisas ao meu respeito, a culpa foi inevitável. É doloroso saber a responsabilidade de o seu filho ter um pai ruim é sua. Por isso, acho que perdoar as pessoas é mais fácil do que perdoar a si mesmo.

Então estou caminhando, crescendo, percorrendo estradas novas com o alerta ligado para não tomar atalhos que me façam ficar perdida. Isso é amadurecer. Tenho 34 anos de idade, muita histórias para contar, e um prazer enorme em estar crescendo.

Por: Bruna Gonçalves



"Amadurecer talvez seja descobrir 
que sofrer algumas perdas é inevitável, 
mas que não precisamos nos agarrar à dor
para justificar nossa existência."
(Martha Medeiros)





quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Vale a pena ler de novo - O câncer de mama

O que é Câncer de mama?

É o tipo de câncer mais frequente na mulher brasileira e consiste no desenvolvimento anormal das células da mama, que multiplicam-se repetidamente até formarem um tumor maligno.

O câncer de mama é hoje uma doença presente em milhares de famílias ao redor do mundo. Principalmente nos grandes centros urbanos, devido à concentração populacional, o número de casos é expressivo.


Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes. 


Estimativa de novos casos: 52.680 (2012)
Número de mortes: 12.852, sendo 147 homens e 12.705 mulheres (2010)

Já se sabe que o câncer de mama não é uma doença única, mas, sim, um grupo de moléstias distintas categorizadas com o mesmo nome. A experiência também tem mostrado que pacientes com tumores muito iguais no tamanho e na microscopia podem evoluir com prognósticos diferentes. No passado, nós nos surpreendíamos com o fato de que algumas pacientes com tumores volumosos apresentavam sobrevida longa e até eram passíveis de cura, enquanto outras, com tumores minúsculos, logo evoluíam para disseminação da doença e morriam. A grande interrogação que se impunha naquele momento era o que determinava tamanha diferença.

Atualmente, a classificação usada para avaliar o risco de recidiva dos tumores baseia-se em parâmetros morfométricos (tamanho do tumor, presença ou não de comprometimento por neoplasia das ínguas axilares, formato das células, entre outros). Apesar de útil, essa classificação não é muito precisa, pois admite inúmeras variáveis. Diante dessa constatação, os pesquisadores se voltaram para encontrar um método de avaliação que determinasse com mais segurança o risco de recidivas. A resposta que encontraram parece estar ligada ao genoma celular. Com base no maior conhecimento das estruturas intra e extracelulares e de suas funções, descobriram que certos receptores denominados oncogenes desencadeiam ou inibem a multiplicação de uma célula com defeitos específicos para cânceres. Esses receptores, que podem ser hormonais, fatores de crescimento, citocinas ou neurotransmissores, estão presentes na superfície ou no interior das células e estimulam, por vias especificas, os núcleos e as células alteradas a se multiplicarem desenfreadamente formando um tumor. Sob tais condições, as células tumorais perdem a capacidade de envelhecer e morrer, ou seja, a capacidade de apoptose (morte celular programada). Só quando conseguimos controlar esses receptores, modulando-os, podemos devolver às células a capacidade de envelhecer e destruir o tumor.

Os medicamentos usados com tal propósito são chamados de “drogas alvo”, Outra de suas vantagens é que apresentam efeitos adversos menores que os da quimioterapia convencional (queda de cabelo, anemia, infecções e outros). Quem determina as variáveis de receptores de ativação ou inibição é o DNA celular (expressão gênica tumoral).

Após a decodificação do código genético humano, foi possível criar perfis gênicos que oferecem um diagnóstico molecular para o câncer de mama. O mais conhecido e utilizado é o Oncotype DX. Esse exame molecular avalia 21 genes relacionados com o crescimento e disseminação do câncer de mama. Atualmente, ele é utilizado em pacientes que apresentam tumores com receptores de estrógeno positivos, para prognosticar o risco de recidiva e a necessidade ou não de adicionar um tratamento quimioterápico. Quando o Oncotype DX revela que o tumor possui risco baixo de voltar, a quimioterapia poderá deixar de ser realizada.

Em mais de 35% dos casos, o resultado desse teste permite alterar a conduta médica previamente estabelecida, uma vez que oferece elementos para determinar se uma paciente portadora de câncer de mama in situ precisará ou não de radioterapia após a cirurgia.

Outros genes estão sendo testados e avaliados para predizerem respostas a determinados medicamentos para o câncer de mama, por exemplo, a resposta a taxanos e ao trastuzumab. Para outros tumores também já existem testes para avaliar genes “mutados” ou não, que podem antecipar se haverá resposta a um medicamento especifico.
Estamos no inicio de uma nova época na historia da medicina. Isso nos autoriza dizer que, em futuro breve, baseados no estudo do genoma de cada indivíduo, estaremos tratando pacientes com medicações feitas especificamente para ele.



Fatores de risco

Se uma pessoa da família - principalmente a mãe, irmã ou filha - teve essa doença antes dos 50 anos de idade, a mulher tem mais chances de ter um câncer de mama. Quem já teve câncer em uma das mamas ou câncer de ovário, em qualquer idade, também deve ficar atenta. As mulheres com maior risco de ter o câncer de mama devem ter cuidados especiais, fazendo, a partir dos 35 anos de idade, o exame clínico das mamas e a mamografia, uma vez por ano.

Sintomas de Câncer de mama

O sintoma do câncer de mama mais fácil de ser percebido pela mulher é um caroço no seio, acompanhado ou não de dor. A pele da mama pode ficar parecida com uma casca de laranja. Também podem aparecer pequenos caroços embaixo do braço. Deve-se lembrar que nem todo caroço é um câncer de mama e, por isso, é importante consultar um profissional de saúde.


Diagnóstico de Câncer de mama

Toda mulher com 40 anos ou mais de idade deve procurar anualmente um ambulatório, centro ou posto de saúde para realizar o exame clínico das mamas. Além disso, toda mulher entre 50 e 69 anos deve fazer, pelo menos, uma mamografia a cada dois anos. O serviço de saúde deve ser procurado mesmo que não tenha sintomas!

O exame clínico das mamas é realizado por médico ou enfermeiro treinado para essa atividade. Nesse exame, poderão ser identificadas alterações nas mesmas. Se for necessário, será indicado um exame mais específico, como a mamografia.

A mamografia é um exame muito simples que consiste em um raio-X da mama e permite descobrir o câncer quando o tumor ainda é bem pequeno.



Prevenção

O exame das mamas realizado pela própria mulher, apalpando os seios, ajuda no conhecimento do próprio corpo, entretanto, esse autoexame não substitui o exame clínico das mamas realizado por um profissional de saúde treinado. Caso a mulher observe alguma alteração, deve procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo de sua residência. Mesmo que não encontre nenhuma alteração no autoexame, as mamas devem ser examinadas uma vez por ano por um profissional de saúde.

Autoexame da mama

Ter uma alimentação saudável e equilibrada (com frutas, legumes e verduras), praticar atividades físicas (qualquer atividade que movimente seu corpo) e não fumar. Essas são algumas dicas que podem ajudar na prevenção de várias doenças, inclusive do câncer.



Recomendações

* Faça o autoexame das mamas mensalmente, de preferência no 7º ou 8º dias após o início da menstruação, se você é mulher e tem mais de 20 anos, pois cerca de 90% dos tumores são detectados pela própria paciente;

* Procure o médico para submeter-se ao exame das mamas a cada 2 ou 3 anos, se está entre 20 e 40 anos; acima dos 40 anos, realize o exame anualmente;

* Não se esqueça de que a mamografia deve ser realizada todos os anos;


* Atenção: embora menos comum, o câncer de mama também pode atingir os homens. Portanto, especialmente depois dos 50 anos, eles não podem desconsiderar sinais da doença como nódulo não doloroso abaixo da aréola, retração de tecidos, ulceração e presença de líquido nos mamilos.







Fonte:

http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/nova-forma-de-diagnosticar-o-cancer-de-mama/

http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/mama

http://www.minhavida.com.br/saude/temas/cancer-de-mama

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Dica do dia: Blues, beer e muita diversão!

Olá meninas!

Temos recebido muitos e-mails de artistas divulgando seus shows, exposições e trabalhos, e nos apaixonamos, diariamente, por muitos deles.

Um desses casos é a banda "Blues & Beer", que já está na estrada do Blues desde meados dos anos 90. A banda é composta por músicos muito bons, que tivemos a oportunidade de conhecer pessoalmente:  Kadu Mazzoni (piano/percussão), Tavinho Rangel (voz/violão), Leo Guimarães (violão) e Gustavo Gama (baixolão).



Hoje, nessa linda sexta-feira chuvosa, o Blues & Beer fará um show prá lá de contagiante no Centro de Referencia da Musica Carioca Artur da Távola, na Tijuca. O lugar é uma atração à parte: um Palacete que, junto com seus jardins, completam o belo conjunto arquitetônico, patrimônio tombado da cidade do Rio de Janeiro.





Fica a dica para uma noite muito especial.

Dia: 12 de outubro de 2012
Hora: 19:30h
Preço: R$ 1,00
Local: Rua Conde de Bonfim, 824 - Tijuca


Leiam mais em:

http://www.todorio.com/rio/event/tijuca/centrodamusicacariocaarturdatavola/2012/10/12/1930/rio-jazz-blues-beer

http://www.natijuca.com/Descobrindo-a-Tijuca/centro-municipal-de-referencia-da-musica-carioca-artur-da-tavola.html

http://noticiascultura.rio.rj.gov.br/principal.cfm?sqncl_publicacao=384

http://www.riocomela.com.br/index.php/2012/03/30/rio-musica-shows-por-um-real/

sábado, 29 de setembro de 2012

A lingerie de cada signo

Os astrólogos estão sempre buscando formas de aplicar a sabedoria da astrologia à vida cotidiana. Pois acontece que seu signo pode também revelar seus verdadeiros desejos por lingerie!


                                            


Áries:
Muito objetiva e sem vergonha de ser feliz, a mulher ariana aposta no look completo: corpete, meia calça e cinta-liga, de preferência nas cores mais fortes: preto, vermelho, roxo.

Touro:
A mulher taurina prefere unir sensualidade e elegância. Um corpete branco ou rosé, com detalhes de renda, a deixa completamente poderosa!

Gêmeos:
Para a mulher geminiana, uma lingerie perfeita tem que deixar em evidência todas as suas curvas. Uma calcinha bem pequena, na cor amarela, já é o suficiente!

Câncer:
Sempre muito romântica, a mulher canceriana não perde sua meiguice nem na hora da sedução. Um conjunto rosa claro e com detalhes bem femininos é a sua cara!

Leão:
A leonina é apaixonada por lingerie. Na hora da sedução, ela opta por peças de renda com detalhes em pedras douradas. Uma camisola transparente faz a sua cabeça.

Virgem:
A virginiana é sensual como poucas. Um body com detalhes elegantes como a renda francesa é capaz de se transformar em uma arma em seu corpo.

Libra:
Sabe aqueles conjuntos com cores bem alegres, como roxo, rosa e bordô? São os preferidos da libriana. Só não pode faltar um bom salto-alto, para ela se sentir poderosa.

Escorpião:
A mulher escorpiana é conhecida por não ter limites na hora de mostrar sua sensualidade. Um conjunto vermelho bem pequeno com um salto altíssimo é a sua cara!

Sagitário:
A mulher sagitariana gosta de se divertir até na escolha da lingerie. Uma estampa de oncinha, por exemplo, faz bem o seu tipo!

Capricórnio:
Optando sempre por peças mais discretas, a mulher capricorniana se sente à vontade em uma lingerie sensual e lúdica, como as peças de bolinhas, estilo vintage.

Aquário:
A mulher aquariana adora inovar e, por isso, prefere as lingeries mais ousadas, diferentes, com bastante detalhes.

Peixes:
Sempre sonhadora, a mulher pisciana opta por peças que remetam a cenas de filmes, como uma bela camisola branca, transparente, ou um conjunto discreto e sensual.


Fonte: http://www.zastros.com.br

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Essa é a minha história - auto sabotagem


Durante grande parte da minha vida adulta, eu me envolvi com pessoas que não gostava. Ainda que um tanto quanto contraditório, namorar tais pessoas sempre me deu a sensação de segurança, uma vez que, quando as relações terminavam, eu não me sentia abandonada. Estou certa de que este hábito auto-destrutivo tem muito a ver com os repetitivos molestamentos que sofri na infância, por um membro da minha família, ou talvez os estupros na adolescência. Independente dos motivos, assim foi a minha vida por muito tempo: uma repetição de atos auto-destrutivos, que me mantinham num estado constante de dormência sentimental.

Cerca de um ano e meio atrás eu conheci um homem através de um anúncio online e começamos a desenvolver uma relaçao platônica. Ambos havíamos saído recentemente de relacionamentos longos, e ambos havíamos experimentado a dor da traição. Nos tornamos melhores amigos instantaneamente e, porque passamos a nos falar diariamente, quase o dia todo, deixando, inclusive, nossos trabalhos de lado, começamos a nos conhecer muito bem.


Lembro-me de fazer minha cama todos os dias (algo que raramente fazia), suavizando cada vinco dos lençóis com uma perfeição à la Martha Stewart. Com ele na minha vida, tudo era bonito, e até mesmo objetos inanimados pareciam conter vida e beleza. Eu andava cada dia sentindo o calor do sol, mesmo quando ele estava longe de ser encontrado. Tudo: as paredes, a grama, as árvores, as folhas, absolutamente tudo tinha vida. O mais importante, depois de anos de não sentir nada, eu senti vida.




Conforme o tempo passou, nós nos apaixonamos, no mais puro sentido. Uma noite ele chegou lopo após eu ter colocado meus filhos para dormir e, pela primeira vez na minha vida, eu senti o que é se entregar completamente a alguém. Pela primeira vez na minha vida, eu soube o que era fazer amor. Ainda que tivesse um vocabulário impressionante ou se fosse uma grande romancista, não acredito que teria a capacidade de expressar em palavras a experiência magnífica que tive. Não foi apenas uma renovação da minha fé nas pessoas. Foi conhecer a mim mesma e poder dividir com alguém essa pessoa que permaneceu escondida por tanto tempo. Apesar de eu ter quatro filhos, eu digo com um grau de certeza, esta foi a primeira vez que havia experimentado o amor..

Meses depois, ele foi embora. Foi repentino. Foi inesperado. Toda a minha vida desmoronou. Lembro-me de deitar no chão, meu rosto contra as placas frias do piso de madeira, pedindo a Deus para fazer a dor parar. Não importava o que eu fizesse, não importa o que eu dissesse, ele nunca mais voltou.

Algumas semanas depois eu o vi com outra mulher e me perguntei se o amor que eu sentia era apenas uma via de mão única. Embora ele nunca tivesse voltado para mim, eu prometi a mim mesma quebrar velhos hábitos e não me envolver mais com pessoas que eu não gostasse. Prometi a mim mesma não permitir mais nenhum outro homem dentro de mim antes de estar preparada a deixá-lo ir, a me desapegar.. No entanto, quebrei inúmeras vezes essa promessa de lá pra cá.


Suponho que todos passamos por momentos de solidão e gostamos de nos sentir amados e queridos. A diferença é que agora sei o que eu sou capaz de fazer. Eu ainda penso nele frequentemente. Lembro-me de como era amar alguém tão completamente. Lembro-me de como eu me sentia e, apesar do final infeliz que essa relação teve para mim, eu ainda acredito no amor.


Por: Rayn 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

PROMOÇÃO EU USO MONDE PRIVÉ

Atenção meninas!!!

Participe dessa incrível Promoção e descubra como ficar linda e sexy o dia inteiro, sem abrir mão do conforto. 


CURTA nossa Fan Page , COMPARTILHE a imagem da promoção e concorra a uma lingerie maravilhosa. 


Quero participar
!



Regulamento



Que Promoção é essa "Eu uso Monde Privé"?

A Monde Privé irá sortear, no dia 30 de setembro de 2012, uma linda lingerie (conjunto de calcinha e sutiã, espartilho ou body), em sua Fan Page www.facebook.com/mondeprive.




E como eu faço para participar?


Basta curtir e compartilhar o link da promoção. Se você já curte a Monde Privé, basta compartilhar a imagem da promoção.




Posso clicar somente em “Compartilhar” para participar?


Só se você já curte a fan page da Monde Privé. Caso contrário, é necessário curtir a página e compartilhar a imagem da promoção para participar do sorteio.




Posso “Compartilhar” a partir de um compartilhamento no mural de um amigo?


Não, só é válido o compartilhamento através do mural da fanpage da Monde Privé.




Eu ganhei! Quando recebo minha lingerie?


Você será informado via Facebook, caso seu nome seja sorteado.

Após este contato, você deverá enviar um email para a Monde Privé (comercial@usemondeprive.com.br), com seu nome completo, endereço com CEP e telefone com DDD. Assim que recebermos seus dados, enviaremos sua lingerie, via PAC, para o endereço fornecido.



Qual o prazo que eu tenho para solicitar meu prêmio?


Fique bem atenta, pois o prazo para solicitar sua lingerie é de até 3 dias corridos, à partir da divulgação do nome vencedor. Após este período, o prêmio será sorteado novamente.



Observações finais:



- As entregas só serão feitas em território Brasileiro.

- Essa promoção é de inteira responsabilidade da Monde Privé. O Facebook não patrocinada, apoiada, administrada ou tem qualquer associação com a mesma.
- Todas as informações do cliente para a Monde Privé não serão divulgadas nem compartilhadas com terceiros, salvo o nome (nome de usuário do Facebook) do ganhador, que será divulgado na fan page da Monde Privé.
- Ao participar da Promoção, o participante declara estar ciente e concordar com as regras e regulamentos aqui descritos.

http://sorteie.me/facebook/compartilhar.php?id=94193

Homem não presta!

A visão masculina sobre a clássica frase feminina


"Eu estava na fila de uma sorveteria e ouvi a seguinte frase: Não existe homem que presta.


Ouço essa frase tantas vezes quanto os padres rezam o pai-nosso.

Amor é sempre à quatro mãos...

Quando você ouve alguém falar “não existe emprego que presta” é provável que pense “que estranho essa pessoa falar isso, lógico que tem emprego que preste, e se a empresa não é boa é só ir experimentar outra melhor, se ela fala que todas empresas não prestam talvez ela seja má funcionária”.

Na hora de falar de amor ninguém usa a mesma dedução lógica.

A maior parte das mulheres se esquece que toda relação é feita de duas pessoas e, portanto, é sustentada por um jogo de forças sutis, de ambos lados.

Se a mulher fala que não existe homem que presta eu posso pensar em algumas hipóteses.

1- Ela tem procurado no lugar errado.

2- Ela tem tentado pouco e a amostragem total não representa

3- Ela tem agido de um jeito que espanta qualquer homem

4- Ela tem agido bem, mas ainda não encontrou uma pessoa compatível com os seus propósitos

5- Ela adora generalizar e tomar um por todos e todos por um

6- Ela está falando especificamente de um cara que a rejeitou ou a traiu e estendeu esse raciocínio para não assumir sua parte na história

7- Ela se reúne com as amigas solteiras como ela para falar “dos caras da balada”

Em momento nenhum ela se põe na jogada para entender que NADA do que acontece na vida dela está completamente desligado daquilo que ela é.

Relacionamentos são rendas feitas à quatro mãos. Quando algo não presta não foi de um lado só.

Já vi muitos casos, MUITOS, de garotas que se envolveram com homens que “não prestavam” e ao terminar relacionamentos com elas se engajaram em um relacionamento sério, noivaram e casaram.

O que ela tem a dizer sobre aquilo?

Nada, porque não há nada para dizer. A não ser que ela não foi suficientemente interessante para ele levar as coisas à sério.

Existem muitas mulheres que não oferecem nada enquanto experiência pessoal, mas estão o tempo todo se queixando dos homens. Porque eles deveriam ficar ao lado delas fiéis à uma companhia que no final das contas vai sair batendo pé, esbravejando e dizendo que “homens não prestam”.

Eu não ficaria ao lado de uma mulher desconfiada, raivosa, ressentida com os exs e cheia de mimimi. Quero ganhar tempo na vida, não acho que a maior parte dos homens seja diferente.

É mais fácil sair gritando aos quatro ventos que homem não presta, afinal é de senso comum afirmar isso e ter apoio unânime. Bater na moralidade masculina virou esporte predileto de mulher ressentida.

Os homens que prestam as vezes estão sozinhos, não são necessariamente os mais bonitos, simpáticos, ricos ou bem sucedidos como os que “não prestam”, mas estão batalhando o seu lugar ao sol. São aqueles que estão ao seu lado apoiando suas decisões, incentivando seus projetos, mas que você não vê muito sex appeal.

Esses são embriões de bons maridos, cabe a você cultivar.

Quando uma mulher insiste numa história cheia de altos e baixos, destratos, abandonos, desaparecimentos súbidos eu só posso chegar num diagnóstico, ela também não “presta”. Ela não presta para se valorizar, seguir em frente, cortar relações com o galã maluco e partir para a outra.

O tipo de mulher que adora afirmar que homem não presta é aquela que está dando tiro para todos os lados e não quer garimpar com cuidado, ela se acha super séria e pronta para casar, mas está mais sequelada que soldado voltando da guerra.

A mulher com chance de encontrar homem que presta é aquela que cultiva uma vida boa, bons hábitos, tem uma rede de amigos que não reforçam filosofia de botequim e não são amarguradas e cheias de regras sem sentido. Muitas são devoradoras de homens e nem perceberam.

Confesso que quando olhei para atrás na fila para ver quem era a garota que lançou a frase inicial me deu um certo constrangimento. Sua fisionomia revelava uma mulher bonita, mas amargurada e cheia de preconceitos, provavelmente tão maluca quanto os caras que dispensaram ela na balada.

Será que alguém não presta ou é a a qualidade da interação?

Para mulher de verdade, curiosamente, sempre tem homem que presta."


Posted by blogsobreavida on Set 5, 2012 in Relacionamentos | 3 comments

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Essa é a minha história: um mundo de conto de fadas


"Crescendo como mim mesma foi uma experiência fantástica, mas mais no sentido da palavra "fantasia". Li todos os livros sobre contos de fadas que a seção dos Jovens da Biblioteca Pública de Freeport tinha para oferecer, sempre com fome de quaisquer novos livros com capas brilhantes, recheados de fadas e duendes que eles pudessem adquirir. Eu era a estrela-mor de toda história, com meus vestidos feitos de papel cor de rosa ou equipada com minhas roupas aventuras ao redor do país à pé, sabendo que encontraria o caminho verdadeiro ao meu destino, mesmo que ele estivesse sob o feitiço de alguma bruxa ou novos personagens igualmente obscuros. Eu tinha a escolha entre me aventurar por estradas desconhecidas ou receber beijos nas mãos de cavalheiros charmosos. Eu tinha unicórnios e sereias como conselheiros e estava sempre protegida do monstro que habitava embaixo da minha cama, com feitiços de magos e a oração ocasional, profunda e ardente de minha fada madrinha. Eu tinha que acreditar em sua existência.

Depois de esgotar meu gênero favorito no departamento de crianças, cresci desanimada. Me vi, pela primeira vez em minha vida jovem, em um beco sem saída. Então era só isso? Foi só isso que a vida tinha a oferecer? Eu pensei sobre o "andar de cima" da biblioteca pública - a seção adulta. Terrivelmente assustador. O que estava lá em cima? Eu só tinha estado lá algumas vezes e, em todas elas, havia sido intimidada por suas enormes pilhas de livros e por suas janelas ainda mais altas, voltando rapidamente ao meu refúgio no porão da biblioteca, a sessão infantil, com seu teto baixo e murais coloridos. Eu sabia que meus livros favoritos eram subterfúgios, mesmo só entendendo o significado dessa palavra 20 anos depois, mais ou menos. Eu sabia que o que eu gostava de ler eram fugas para mim, e eu os amava por isso.

Eu sabia que algum dia iria receber um cartão de biblioteca para adultos, mas o que isso significa? Eu teria que usar um certo tipo de calças para estar apta a usufruir desse cartão e de todos os seus benefícios e responsabilidades? Será que o meu cinto teria que combinar com meus sapatos? Será que eu, de repente, precisaria usar óculos e apertar os olhos ao ler, fazendo muitos sons de 'hmm'?

Eu gostava da idéia de ser um adulto, mas não se isso significasse desistir de meus contos de fadas e todo o seu esplendor e possibilidades. Eu gostava da sensação vaga e tangencial de tomar os primeiros passos para a vida adulta, mas só se eu pudesse trazer comigo minha coleção de vestidos de baile e deixar meu unicórnio de plantão do lado de fora.

No andar de cima, eu imaginava, ansiosa, livros com capas de couro rachados, densos, com ilustrações copiadas a mão e histórias muito, muito importantes que me ensinariam sobre a vida e como usar salto e fazer reverência em um vestido de baile, porque essas coisas pareciam ser importantes para as mulheres adultas e eu não fazia idéia do porquê. Se a seção adulta ainda tivesse contos de fadas, (e deus sabe que quão arrogantes eles são), imaginava que fossem histórias sobre de onde os contadores vieram ou análises de por que as crianças desperdiçavam tanto tempo lendo contos de fadas.

Reexaminado a seção de Jovens leitores, minhas incursões na sessão de mistério e Judy Blume, só confirmaram o que eu queria, que era poder escolher minhas próprias aventuras e dragões. A biblioteca era o meu brinquedo, meu monstro. À partir de então, fiquei cada vez mais inquieta.



imagem de Jeannette Woitzik.

Como último recurso, verifiquei e reli alguns dos meus favoritos, acariciando suas capas, olhando para minhas ilustrações favoritas e tentando imaginar que aquela era a primeira vez que eu estava lendo aquele livro em particular, tentando, desesperadamente, reviver aquela emoção de um mundo diferente do meu, de uma vida diferente da minha! Comecei a fazer meus próprios desenhos, mas percebi que não tinha recursos para tal, além de minha caixinha de giz de cera. Escrevi alguns de meus próprios contos de fadas, mas não me satisfazia aquele maço de papel de caderno frente à glória e majestade de um item vinculado e publicado. Parei de ler inteiramente por um tempo, por puro desespero e ansiedade, mas rapidamente percebi quanto tempo eu teria que passar com minha irmã mais nova se não tivesse o meu nariz enterrado em um livro. Este assim chamado mundo real, definitivamente não correspondia às minhas expectativas.

Finalmente, um dia, depois de passar um dia inteiro enclausurada em silêncio dentre os cantos arredondados do meu próprio círculo, na Biblioteca, criei coragem e perguntei à minha bibliotecária favorita se havia mais livros de contos de fadas na parte de cima. Eu tinha nove anos.

Sendo ela uma mulher inteligente e observadora, que já me conhecia de todos os programas de leitura de férias de verão que eu tinha entrado, iniciou comigo um diálogo tranquilo e sério sobre mitologia grega e romana. Eu, como nunca havia ouvido falar naquilo antes, fiquei bastante cética. Para mim, os adultos não eram seres confiáveis.

Eu me lembro dela me acompanhando duas ou três vezes para o andar de Cima - com C maiúsculo. O andar de Cima era atordoante e não convidativo. Adolescentes empenhados em me cumprimentar de formas estranhas e homens carecas de óculos lendo catálogos e se sentindo pouco a vontade com a minha presença. Minha Bibliotecária Guardiã me mostrou a seção de que havia me falado a respeito, pegou alguns exemplares, e me deixou a vontade para lê-los Eu tinha certeza de que algum outro adulto apareceria a qualquer instante, contestando o que eu estaria fazendo na sessão de livros adultos, talvez me agarrando pelo ombro e jogando de volta para o andar de baixo. Para evitar que isso acontecesse, eu agia como se já tivesse lido todos aqueles livros e os conhecesse muito bem; como se estivesse ali apenas dando uma voltinha.

Não me recordo com qual mitologia iniciei, e tenho certeza que essa informação acrescentaria à minha história, mas lembro das roupas - deslumbrantes! Um lençol de cama velho era o necessário para se transformar em uma divindade de carne e osso ou, ainda, a tragédia de um mortal cuja agonia foi tamanha a ponto de nomear uma cidade inteira! Os adultos estavam lendo isso? Toda a minha existência estava prestes a se tornar válida. Este material estava me deixando excitada, quando comecei a vislumbrar que não se tratavam apenas de histórias incríveis, mas civilizações inteiras as haviam utilizado como referência durante milhares de anos. Onde eu estive pelos últimos nove anos?! Certamente não estava lutando com serpentes com cabeças de cobra ou me encontrava presa em um labirinto com uma criatura metade vaca me perseguindo - INCRÍVEL! Eu mergulhei de cabeça nesse mundo mitológico, devorando tudo o que encontrasse pela frente e que não tivesse relação nenhuma com a escola - a professora indicou Homero e dele eu fugi.

Meus pais tinham que verificar os livros que eu lia, que não faziam parte do conteúdo dos Jovens leitores durante um longo período. Quando se cansaram disso, eles assinaram algum pedaço de papel especial que me deixava conferir tudo o que eu quisesse no andar de Cima e eu fui, então, presenteada com um cartão de biblioteca adulto. Eu era livre agora.

Eu ainda passei algum tempo no meio dos livros da sessão de Jovens leitores, mas as coisas nunca mais foram as mesmas depois que eu tive livre acesso ao andar de Cima. Pulsando silenciosamente no meu bolso de trás, como uma jóia roubada de um dragão durante seu sono, estava meu cartão da biblioteca. Me senti inspirada a grandes coisas apenas por saber que estava ali. Tendo lido todos os contos de fadas, eu estava apenas começando a perceber o quão sério um cartão de biblioteca era e é e todas as coisas que pode significar para uma série de pessoas diferentes. Meu cartão do andar de Cima realmente havia me dado poderes e quando subi as escadas com ele, com pequenas asas nos meus tornozelos, eu tinha certeza de que tudo era possível."


Escrito por: April Gutierrez Manning
   
Imagem: Jeannette Woitzik.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O velho e bom feminismo

Protestos políticos de mulheres com seios à mostra anunciam que ainda há muito a conquistar


Manifestações feministas ensinam que as desigualdades não podem ser tomadas isoladamente; cenas de A Chinesa (1967), manifesto cinematográfico de Jean-Luc Godard




Mulheres do mundo inteiro foram guilhotinadas, conquistaram o direito ao voto, “queimaram” sutiãs, protestaram contra as ditaduras e o capitalismo, desafiaram as religiões, passaram a decidir sobre o momento de serem mães, tomaram as universidades, criticaram a ciência, inventaram novas teorias e campos de estudos, invadiram o mercado de trabalho, criaram leis para se protegerem contra a violência e passaram a ocupar altos cargos políticos em importantes países ao redor do mundo. São inúmeras e inegáveis as conquistas e, se as mulheres já conquistaram tanto, há quem possa argumentar que o feminismo perdeu a sua razão de existência.

As marcantes presenças tanto de mulheres quanto de bandeiras feministas em recentes mobilizações políticas ao redor do mundo parecem anunciar que ainda não se conquistou o suficiente. Os protestos de jovens mulheres em forma de invasões a eventos públicos com seios à mostra, como faz o grupo ucraniano Femen, e de marchas pelas ruas das grandes cidades do mundo, vestidas apenas com lingeries, autonominadas como Marchas das Vadias, revelam que o feminismo continua vicejante. Mas será que continua o mesmo? Que mensagem essas manifestações trazem sobre o feminismo no mundo contemporâneo, ao utilizarem o próprio corpo como instrumento de resistência às mais distintas formas atuais de opressão, tais como racismo, lesbo-homofobia, o capitalismo, os regimes políticos ditatoriais?

Simploriamente tomado como uma indesejável guerra entre os sexos, o ser feminista ainda carrega uma conotação negativa, supostamente antifeminina. Caudatário das revoluções do século 18, o feminismo pode ser caracterizado genericamente como uma ideologia política típica da modernidade, da qual decorre uma produção teórico-intelectual e uma prática política, ambas intensas e plurais, que vem se transformando ao longo dos anos. Compartilha, portanto, do ideário e do conjunto de valores iluministas como a centralidade do sujeito indiviso e universal, a racionalidade, a igualdade e a liberdade, que até hoje compõem o léxico da política no mundo ocidental. Importa destacar que a essa concepção de sujeito iluminista corresponde uma identidade, compreendida como coerente, fixa e que é central na constituição do indivíduo moderno.

Em diálogo com esse conjunto de valores, o feminismo – entendido como uma ideologia política – constituiu-se historicamente a partir da formulação de uma identidade coletiva e de um projeto de vida em sociedade particulares. Eles baseiam-se na suposição de que todas as mulheres, universalmente, compartilham experiências de opressão e interesses de transformação desta condição, oriundos do fato de terem nascido com as marcas corporais de fêmeas da espécie humana. Logo, o projeto político feminista implicaria na resistência a um poder que domina e oprime as mulheres, emancipando-as. Criar-se-ia, assim, uma nova identidade coletiva para elas, marcada pela liberdade e pela igualdade, o que redundaria em outra forma de vida em sociedade. Foi assim que o feminismo investiu a categoria social mulher – tomada a partir de uma concepção identitária baseada no aparato biológico, no corpo feminino – de um estatuto particular, tornando-a seu maior patrimônio político.

O feminismo, no entanto, não é um bloco homogêneo. Há, ao longo de sua história, relevantes marcos, diferentes perspectivas sobre seu sujeito e seu projeto políticos e formas variadas de expressão e mobilização, o que constitui a riqueza dessa ideologia a ponto de se reivindicar referi-la no plural. Mais ou menos consensualmente, entende-se que o feminismo teve seu primeiro grande marco mobilizatório em torno da igualdade entre homens e mulheres. Ao enfatizar direitos e possibilidades iguais para ambos os sexos, a tradição igualitarista caracterizou predominantemente o feminismo desde seu surgimento, que tem como uma referência a “Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã” de Olympe de Gouges, escritora e revolucionária francesa guilhotinada em 1793, até as mobilizações femininas pela igualdade entre homens e mulheres pelo direito ao voto, do início do século 20, movimento conhecido como Sufragismo.



Após esse período, há um arrefecimento das mobilizações feministas, que recrudescem somente nos anos 1970. Instigado pelos escritos existencialistas de Simone de Beauvoir sobre a condição da mulher, o novo feminismo institui um outro paradigma contestatório em torno da identidade feminina. Tal identidade é compreendida como una, imutável, coerente e marcada pela opressão, que se origina na particularidade do e se manifesta no corpo das mulheres. São corolários desse paradigma a compreensão de que as mulheres compartilham de uma realidade separada e radicalmente distinta da realidade masculina, de que o poder emana dos homens sobre as mulheres, de que os sistemas de dominação são transculturais e trans-históricos e estão imiscuídos aos modos de produção e de reprodução sociais. É também por meio desse paradigma identitário que o feminismo promove uma contundente problematização e consequente politização de arenas da vida social nunca antes questionado como a família, a sexualidade, a vida doméstica em todas as suas dimensões e, sobretudo, a subjetividade. Contudo, não tardam as críticas à forma como a identidade feminina é compreendida e defendida neste novo feminismo.

É dos movimentos pós-coloniais, de mulheres negras, lésbicas e de juventude que surgem as críticas à perspectiva predominante do novo feminismo. Essas outras experiências de exclusão anunciam que o novo feminismo pretensamente universal é, antes, situado. Ele é ocidental, branco, heterossexual, adulto, letrado e de classe média. Essas perspectivas encerram, também, uma crítica sobre universalização do quadro ideológico do poder e das relações de poder do pensamento ocidental. No bojo dessa crítica é que a noção de identidade feminina, que alimenta esse paradigma, passa a ser desconstruída. Sua contestação passa pelo questionamento da sua universalidade, da sua fixidez e, sobretudo, da própria noção de corpo como base biológica e material incontestável da identidade.

O sujeito da política, a identidade e o corpo passam a ser relativizados, tornando-se contextuais e contingentes. Propugna-se a complexificação dessa identidade a partir da incorporação e da articulação de marcadores sociais da diferença como gênero – a grande categoria política e analítica que deu o pontapé inicial ao processo de questionamento da fixidez identitária – raça, sexualidade, classe, religião, nacionalidade, entre outros. Como conseqüência desse conjunto de desafios críticos ao novo feminismo, tem-se a pluralização das suas possibilidades mobilizatórias e, também, das perspectivas feministas na contemporaneidade.

É neste contexto que podem ser compreendidas as recentes manifestações das feministas ucranianas do Femen que, com seus seios à mostra, protestam, ao mesmo tempo, contra o abuso dos corpos das mulheres pela prostituição e pelo turismo sexual e contra as ditaduras remanescentes na Europa oriental. É também nessa nova chave compreensiva que a Marcha das Vadias questiona a persistente banalização das violações sexuais das quais as mulheres são vítimas e também o racismo, a homofobia, a desigualdade de acesso ao poder e de salários entre homens e mulheres e o modo capitalista de vida que promove o consumo como signo de cidadania e destrói o meio ambiente. Tais manifestações feministas nos ensinam que as matrizes de desigualdades não podem ser tomadas isoladamente; antes elas são intrinsecamente associadas.

E o que dizer, então, do feminismo como ideologia política da contemporaneidade? Ao que parece, ele vive em um paradoxo. Os dois exemplos de protestos feministas acima mencionados colocam em evidência, novamente, o corpo feminino. Anunciam que, mesmo em tempos em que ser mulher não é mais exclusivamente definido pela materialidade da biologia, o corpo feminino ainda é onde se manifesta tanto a opressão quanto a resistência a ela. Essas mulheres insistem em nos fazer ver que é necessário lembrar que o seu corpo é o seu território, sobre o qual nem o Estado e nem as Igrejas devem ter ingerência. Mostram, com isso, que há muito que transformar no conjunto de valores relativos ao imaginário sexual que estão disponíveis na nossa cultura e que são predominantemente compartilhados, as nossas convenções de gênero.

Ao mesmo tempo, no entanto, elas sugerem que há algo na própria constituição da ideologia política feminista e nas suas formas de resistência que também necessita ser transformado, dada a persistência das mesmas violações às mulheres e ao feminino. Talvez o desafio contemporâneo para o novo feminismo seja a possibilidade de se constituir prescindindo do seu grande patrimônio político, as mulheres, como o seu sujeito político. Estamos, pois, à espera de uma nova inflexão para o feminismo contemporâneo.


Por: Alinne Bonetti, antropóloga, professora do Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade (BEGD), do Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismos (PPGNEIM) e pesquisadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM), Universidade Federal da Bahia (UFBA)

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Lingerie à mostra: saiba como usar e arrase!


Deixar aparecer, propositalmente, uma parte do sutiã, é super estiloso e, sabendo fazer direitinho, é possível deixar o visual mais sexy.

Essa brincadeirinha feminina não é nova, não. Moças antenadas do mundo inteiro já fazem isso há muitos anos! Em um post anterior, inclusive, postei fotos de como usar sua lingerie de forma que a mesma fique à mostra. Obviamente, para deixá-la à mostra, a lingerie tem que ser bonita. Por favor, meninas, não apareçam circulando por aí com alças de silicone aparecendo. É um crime!
Nesses conjuntinhos de algodão, o detalhe está nas costas, em estilo nadador, com lacinhos de cetim.




As lingeries mais indicadas para aparecerem são as mais trabalhadas: as que têm alças de renda, ou de tecido com algum enfeite delicado, por exemplo. Existem inúmeros tipos e a Monde Privé os conhecem muito bem. Vejam só:






Esse conjunto é igualzinho ao usado pela modelo ao lado. Reparem que o bojo é liso, para não aparecer, enquanto as costas...





 
Fiquei sabendo que a personagem da atriz Natália Dill, Débora, usa e abusa desse recurso na novela Avenida Brasil e fui conferir. Achei bem legal o estilo da moça, conhecido como “boho”, uma espécie de "hippie chic".


Estilo bojo, mais conhecido como "hippie chic"


Mas não são só as meninas que curtem o estilo hippie chic que podem mostrar sua lingerie, não. Camisas de seda comportadas também podem ficar interessantes com um sutiã escuro ou corset estampado por baixo, deixando as moças que preferem um visual mais simples e elegante lindíssimas também, como na foto abaixo.


http://2.bp.blogspot.com/-Tt0CfvIdsF0/T67I-wRht1I/AAAAAAAAAbM/u1AGiCqcL8Y/s320/Sem+t%C3%ADtulo.jpg
Blusa elegante com gola, e detalhe sexy e sutil nas costas, com sutiã largo de renda.


Um detalhe importante: As roupas devem sempre ser larguinhas, para que o resultado seja sutil. Nada de roupas grudadas e lingerie à mostra, OK.



quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Essa é a minha história: A rachadura


"Para esclarecer um ponto da história, você precisa saber que os meus pais me chamavam de Betsy, um apelido para o meu nome do meio, Elizabeth. 

O fim para nós, como uma família, chegou ao final do verão de 1973, o qual seria a nossa última viagem de acampamento juntos.

Dava para sentir o fim chegando. Nossos acampamentos já nos levaram a noites em claro e gloriosas viagens de duas semanas ao Canadá, mas nos últimos, nós só chegamos até uma propriedade de um amigo de meu pai, em Michigan. A pescaria até que era boa por lá, mas já não era tão divertido e excitante como antes.

Depois que o desânimo do acampamento de 1973 passou, minha mãe sugeriu uma viagem de fim de semana para Acres Amish, no norte de Indiana. Eu não me lembro daquele final de semana em particular, apenas tenho memória da foto que minha mãe tirou de nós, alinhados e encostados no carro, depois de termos colocado as malas de volta no carro para irmos para casa. 


"Foi quando eu soube que era o fim" minha mãe disse depois, apontando para a foto que retratava três adolescentes mal-humorados e um homem velho com aparência confusa.

Pai está em seu uniforme usual azul claro de poliéster, uma camisa branca de manga curta e um boné de aba larga. À sua esquerda está Andy, 18, em jeans e uma variedade de listras à la Beach Boys em sua camiseta. Mechas de uma franja escura e grossa atravessavam seus óculos, atrapalhando um pouco sua visão. David, 17, é mais difícil de descrever. (Estou fazendo essa descrição de memória, porque a foto está na casa de minha mãe, na Flórida). Ele deve estar usando jeans, botas surradas, uma camiseta. O que eu vejo claramente são seus espessos óculos e seu cabelo castanho e volumoso enrolando sobre o colarinho. Enquanto Andy se esforça para parecer um surfista, David faz mais o tipo rock-and-roll.

À esquerda de David estou eu, no auge dos meus 16 anos. Estou vestindo o uniforme que adotei depois de assistir "Billy Jack" inúmeras vezes, que é uma calça boca de sino jeans e uma camisa grande de cambraia, para fora da calça. No meu pulso tem uma pulseira de couro grossa (elas eram grossas para proteger seus pulsos caso você entrasse em uma briga de faca). Meu cabelo é tão espesso quanto o de David, só mais vermelho e tão longo que chega quase até a cintura. Na minha testa, uma tira de couro fina amarrada. Eu me visto o máximo como uma hippie que minha mãe permite.

Essa viagem de acampamento, em que não havia nada a fazer a não ser comprar a manteiga de maçã na loja de Amish, foi o fim de nossas tentativas de fazermos qualquer coisa juntos. A partir de então, nós apenas tentamos sobreviver um ao outro.

Quando nos tornamos adolescentes, o nível de decibéis na casa aumentou consideravelmente. Minha vitrola competia, incansavelmente, com o som estéreo da família. Dave e Andy mudaram para outro quarto. Além disso, Dave começou a tocar numa banda de rock que, às vezes, praticava no porão. Andy tinha sido matriculado em uma escola particular de alto nível e vivia estudando, o que, de alguma forma inexplicável, também era um processo barulhento. Andy passou e exortou em seu estilo de fala estranha. Mãe berrou da cozinha, ajustando seus decibéis para alcançá-lo, enquanto ele andava de um lado para o outro no corredor. Isso tirava meu pai do sério. Pai tinha esperanças de Andy seguir carreira de advogado, mas essas declamações vacilantes de Andy revelavam, para ele, sua total falta de talento para os tribunais.

Como a família havia mudado! Nós não éramos mais aquelas pessoas que se apertavam no carro, ansiosos para fazermos alguma coisa divertida juntos. Agora Mãe só trabalhava, chegava em casa, fazia o jantar, e assistia a um pouco de TV ou, às vezes, costurava alguma coisa. Dava quase para ouvi-la dizer "Eu não posso fazer nada com essas pessoas", e virar sua atenção para outra coisa. Pai não era mais o mesmo também. O staccato de sua digitação matinal, que vinha de seu escritório no porão, parou de encher a casa.

Durante os meses seguintes, Pai apresentava seus diferentes lados: às vezes o velho brincalhão, com mais frequência o homem desaparecido, alternando com o sargento irritado. Eu já não o acompanhava em seus passeios; eu chamava a atenção dos homens agora. Ele fez novos amigos saindo com os "Old Dogs", o seu quarteto da barbearia, e também através de Joe, o encanador, e um ex-Hari-Krishna. Às vezes, ele arrastava a minha mãe com ele à noite, para beberem em algum novo bar em Carmelo.

Durante o fim do inverno de 1972 até a primavera de 1973, meu pai desenvolveu um padrão de eleger um determinado problema, fixar-se a ele e perseverar até que o mesmo fosse resolvido à sua maneira. Vou explicar: num episódio que envolveu os gatos, o Beowulf e o Thomas de Aquino, eu até hoje não sei o que aconteceu, mas meu pai cismou com eles por alguma razão e, num belo dia, os colocou no carro e essa foi a última vez que os vi. Mas o que me fez ficar contra ele foi o episódio da letra B. Meu namorado Bob e eu mergulhamos nas lixeiras de Nora Springs para pegar aquela letra. "B de Bob, B de Betsy," ele disse quando me presenteou com a letra que achamos. Eu a pendurei na parede do meu quarto, ao lado da janela. Meu pai decidiu que isso era um problema e, mesmo mantendo a porta do meu quarto fechada, para que a visão da letra B pendurada não o incomodasse, ele não parou de me perturbar sobre o assunto. Finalmente eu entreguei a letra B ao meu pai, e a mesma teve o mesmo destino dos gatos.


Um dia antes do final do verão de 1973, pai chegou em casa com um velho Cadillac dourado, tão grande quanto um barco. Ele deve ter comprado com um de seus amigos. Era muito maior, mas não mais estranho do que algumas de suas aquisições, que ele trazia para casa naquela época. Mal comprou o Cadillac, ela bateu com o carro. O Cadillac foi rebocado até a nossa garagem e meu pai, ao Hospital San Vicent. Minha mãe ligou para nós três para dar a notícia. Deve ter sido a coisa mais difícil que ela já teve que fazer.

Ela nos disse que ele tinha bebido, pois eles estavam mantendo-o na “ala dos alcoólatras".

Entramos no carro, chegamos ao hospital, fomos da enfermaria, cheia de homens cinzentos em roupões de banho, para o nosso homem cinzento em roupão de banho particular, Não me lembro de nada do que foi dito naquele dia.

Depois ele se mudou para o Motel Carmelo. Quando ele voltou para casa, duas semanas mais tarde, trouxe consigo um balde plástico de gelo do motel, nos matando de vergonha. Por que ele quis trazê-lo pra casa? Ele levou o balde para sua cama. Nós paramos de fazer barulho na casa. A banda não ensaiou mais. Seu diagnóstico de alcoólatra se transformou num diagnóstico de maníaco-depressivo. Meus irmãos se mantinham tão longe quanto podiam, assim como eu. Como Mãe conseguiu nos juntar no final do verão para aquele último acampamento, ainda é um mistério para mim.

Naquele outono, Dave seguiu os passos de Andy até a faculdade. Mãe se ocupou de todo tipo de trabalho e evitava a todos nós. Eu fui para o segundo grau e trabalhava no quiosque Can-Do no shopping, e saía à noite com os meus novos amigos hippies de Indianapolis.

O fim do fim, anunciado por aquela foto de acampamento, havia chegado. Como uma família nós estávamos liquidados. Eu estava livre para ir."

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Livro sugere a traição como a chave para um casamento feliz

Monogamia pode não ser a resposta para um casamento feliz (Foto: iStock) 


O novo livro da cientista social Catherine Hakim traz à tona um assunto no mínimo polêmico, tanto para homens quanto para mulheres. "The New Rules: Internet Dating Playfairs and Erotic Power" ("As novas regras: namoro pela internet, ‘playfairs’ e o poder erótico") traz em suas páginas a teoria de que ter um caso extraconjugal pode, na realidade, ser a chave para melhorar o relacionamento a dois. 

Para quem se perguntou o que significa a palavra ‘playfairs’ no título da obra, o termo diz respeito aos novos tipos de casos amorosos mediados pela internet, típicos do século 21. Esse tipo de interação, segundo o livro, pode ser a solução para os altos índices de divórcio (observados principalmente na Grã Bretanha e nos Estados Unidos).

Hakim chega a comparar o sexo extraconjugal a uma refeição em um restaurante. “Apesar de, na maioria das vezes, nos contentarmos em comer em casa com nossos companheiros e companheiras, nada nos impede de fazer algumas refeições em restaurantes com diferentes culinárias e ambientes, na companhia de amigos e colegas”, explica ela.

“Qualquer pessoa que rejeita uma nova abordagem para casamento e adultério, com uma nova gama de regras regendo esses tipos de relacionamento, não reconhece os benefícios de uma vida sexual revitalizada e fora de casa”, completou Hakim, sobre sua teoria.

Catherine ainda diz que a idade média para o adultério é de 45 anos para as mulheres e de 55 anos para os homens. A cientista, no entanto, não aconselha os amantes a deixar o traído ou a traída descobrir sobre o caso. Ela garante que a primeira regra para ter um relacionamento fora do casamento é nunca sequer iniciá-lo se ele corre o risco de exposição.

A escritora , contudo, não foi pioneira em suas ideias. Outros sociologistas já defenderam traição e casamentos abertos antes, mas muitas pessoas já testemunharam também as consequências negativas que esse tipo de situação trouxe para relacionamentos. Alguns grupos de sociologistas e teóricos ainda acreditam que o impulso de trair é natural para o sexo masculino, sendo parte de sua natureza e inevitável, não importa o quanto o indivíduo ame sua parceira. Para eles, os homens separam o relacionamento físico do afetivo, sendo possível trair com o corpo sem trair com o coração.

O tema ainda é muito polêmico e depende da opnião pessoal e da dinâmica de cada casal. Então, cabe a cada um responder a pergunta de acordo com suas próprias crenças e convicções: o adultério é realmente o segredo para um casamento feliz?



Por Laura Bugelli