segunda-feira, 1 de julho de 2013

Diferença entre Corselet, Corset, Corpete e Espartilho

Hoje são tantas as opções, tanta gente vendendo corsets, corselets, todos com o mesmo nome...realmente fica difícil saber quem é quem e para o que servem. Para sanar algumas dúvidas, vamos explicar direitinho a diferença entre cada um deles,  já que possuem formas e características muito próximas, pelas quais acabam sendo confundidas por muitas mulheres que desejam se sentir belas e sedutoras.

Corpete
Possivelmente a opção mais democrática entre os quatro modelos, o corpete não se trata de uma peça de lingerie, pelo contrário, ele é aquela versão que faz a adaptação do underwear para o outerwear. Ele é inspirado no corset, mas se trata de uma blusa com barbatanas (geralmente de plástico, ou sem, como uma blusa normal), fechadas com ilhóses, zíper ou de vestir mesmo.
Confeccionada tanto em tecidos planos, quanto com materiais elásticos, essa peça se diferencia do corset por não possuir uma modelagem tão estruturada. Seu decote amplo e shape ajustado ao corpo valorizam o busto feminino, fazendo dessa uma opção a ser considerada por mulheres com busto pequeno. Muitas usam como blusa com saias ou calça jeans.

Foto by Ale Coelho

Corset ou Espartilho
Espartilho é o nome dado ao corset, em Português. Muitas pessoas acham que são coisas diferentes, mas não são, apenas nomes diferentes para a mesma coisa. O  Espartilho (ou corset) tem barbatanas de aço que mantém a mulher ereta. Produz o efeito de cinturinha e a longo prazo reduz medidas. Não existe corset a pronta entrega, deve ser feito sob medida para cada pessoa. O uso inadequado de corsets pode causar danos a saúde.
Muito comum na indumentária do século XV, ele é caracterizado também pelo cruzamento de fios, fitas ou cadarços transpassados em ilhoses nas costas garantindo o ajuste correto e tão apertado que marcou o uso dessa veste durante anos, até que adaptações mais anatômicas surgissem no mercado. Pode ser sobreposto a blusas e tops, a fim de marcar bem a cintura. Existe uma forma correta de usar o corset, para a prática de tight lacing ou não.

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Foto by Ale Coelho

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Foto by Ale Coelho

Corselet
De corte mais solto e de ares mais casuais, o corselet é, entre os quatro modelos aqui destacados, aquele que se mostra menos rígido. Ainda que acinturado, ele não foi desenvolvido com a finalidade de reduzir medidas como o corset, podendo ser encontrado em variações fetichistas elaboradas com barbatanas de plástico e confeccionadas em malhas.

Foto by Ale Coelho
Foto by Ale Coelho



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Foto by Camila Balthazar

"Entre um beijo e outro, meus olhos
Passeavam em teu corpo, minhas
Mãos deslizavam em curvas, enquanto
Desabotoavam os botões da tua blusa...
Teu corpo tremia em cada botão desfeito
Enquanto que eu contemplava cada vez mais
Um paraíso de estradas, montanhas floridas
Numa combinação perfeita da tua pele
Com a cor vermelha do espartilho.
Em meias taças... Tomei teu vinho!
Um vinho tinto encorpado ao mesmo tempo
Em que suave, terno... Adocicado! Em tua cintura
Abracei o corpo molhado, desvendando segredos
De tua cinta-liga, descortinei a flor escondida
Que já se mostrava... Traída nos perfumes do quarto."
Paulo César Coelho

Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

quinta-feira, 25 de abril de 2013

sábado, 30 de março de 2013

HOMENS QUE USAM CALCINHAS



foto: http://acapa.virgula.uol.com.br
“Quando apareci no quarto, ele estava embaixo das cobertas. Puxei o edredom e surpresa: meu namorado vestia a minha calcinha. Rosa! De renda!
''Não é igual à minha sunga?'', ele perguntou. ''Mas tem renda, né?'', respondi. Ele virou de costas e disse: ''Ficou grande''. A calcinha não era fio-dental como a sunga dele... Pra mim, aquilo não passava de uma brincadeira. Nós rimos, ele beijou meu pescoço e fizemos amor de uma forma linda...” 



Uma das formas mais comuns de cisvestismo (prazer em se fantasiar para o sexo) é o fetichismo transvéstico: homens que gostam de vestir peças do vestuário feminino. A maioria absoluta dos casos trata-se de homens heterossexuais que sentem prazer em usar lingerie feminina, como calcinha, cinta-liga, sutiã, meia calça. A modalidade atrai um número grande de adeptos no mundo todo, mas nos países da América Latina ainda é uma prática mantida dentro de quatro paredes, em consequência da forte mentalidade machista. Podendo até servir de antídoto para ansiedade e depressão, homens podem usar essas roupas no seu dia-a-dia sem demonstrar nenhuma suspeita. Em outros casos, homens podem usá-las na intimidade e para se masturbar num momento de erotismo, compartilhando, inclusive, desse fetiche com suas parceiras. 

Fetichismo transvéstico – é a necessidade da utilização de roupas femininas por homens para o prazer sexual sendo que, em situações não sexuais, se vestem de forma normal. “É importante ressaltar que o fetichismo transvéstico também só é diagnosticado como uma parafilia quando é feito de forma repetitiva e exclusiva para obter prazer sexual”, diz a médica e psicanalista, Soraya Hissa de Carvalho. 


"Engraçado com certas pessoas lidam melhor com essas situações. Minha noiva jamais aceitaria. Acabo por fazer escondido mesmo".


O grau de semelhança de um indivíduo vestido desta forma com uma mulher varia, dependendo de maneirismos, postura corporal e habilidades de transvestir-se. Quando não está transvestido, o homem com Fetichismo Transvéstico em geral é irreparavelmente masculino. 


foto: www.xdress.com

“Primeiro, pensei que minha namorada pudesse achar que eu era gay. Mas somos pessoas de cabeça aberta e não temos dificuldade em conversar sobre nossas fantasias. Eu gosto da sensação da calcinha dela apertada em mim. Sentir o tecido no meu corpo me deixa louco” 


Não há uma regra para esse fetiche em termos de opção sexual. Homens heterossexuais, bissexuais e homossexuais podem aderir ao uso de lingeries por motivos que vão desde o prazer de sentir o tecido em suas peles, até a fantasia de imaginarem-se seres masculinos e femininos em um só corpo, passando por inúmeras variáveis, uma vez que tanto a sexualidade quanto a psique humanas são extremamente complexas.








Referência:

AZEVEDO, Wilma. Sodomasoquismo Sem Medo. São Paulo: Iglu, 1998.Sexualidade & Vida.

Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10. Descrições Clínicas e Diretrizes Diagnósticas. Porto Alegre, Artes Médicas, 1993